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Delegato é o apelido carinhoso que a equipe da Delegacia de Defesa da Mulher de São João da Boa Vista deu ao gato laranja que hoje circula pelos corredores da unidade. A presença do animal tem funcionado como um jeito simples, e eficaz, de oferecer acolhimento além das palavras, ajudando a humanizar um ambiente marcado por relatos difíceis.
Segundo a reportagem original, “A rotina da Delegacia de Defesa da Mulher (DDM) de São João da Boa Vista ganhou um novo integrante.” O animal, de aproximadamente sete anos, foi resgatado de uma ONG após os policiais decidirem que queriam oferecer acolhimento não apenas com palavras, mas também com gestos.
Delegato chegou magro, sem lar, e foi adotado pela equipe. Aos poucos, recuperou peso, ganhou confiança e passou a circular livremente pela delegacia, subindo em arquivos e atraindo a atenção de quem chega para registrar ocorrências ou pedir orientação.
Batizado de B.O, em referência ao Boletim de Ocorrência, o felino virou o mascote da unidade. “Batizado de B.O, em referência ao Boletim de Ocorrência, o felino virou o mascote da unidade.” Além de ganhar crachá e uniforme, B.O conquistou um papel inesperado: “Além de ganhar crachá e uniforme, B.O conquistou um papel inesperado: amparar quem chega fragilizado.”
A presença do Delegato funciona como uma distração importante, sobretudo para as crianças que acompanham as mães durante atendimentos. O comportamento dócil do gato ajuda a reduzir a tensão, e muitos visitantes se mostram mais tranquilos ao interagir com ele.
Para a equipe da DDM, a intenção foi oferecer um acolhimento mais amplo, usando ações simples e concretas. Delegato tem sido uma ponte afetiva dentro do espaço institucional, transformando, mesmo que por instantes, um ambiente carregado, em um local onde há também cuidado e carinho.
O caso mostra como iniciativas de humanização no atendimento podem ser práticas e de baixo custo, com resultados imediatos no bem-estar de quem busca ajuda. A ideia de adotar um animal para esse fim pode inspirar outras unidades a repensarem a relação com o público, sem substituir medidas técnicas necessárias, mas somando conforto emocional ao atendimento.
Quem frequenta a delegacia já adotou o gato como parte do cotidiano do local, e alguns visitantes até apelidaram o animal de “delegato”, em referência ao papel simbólico que ele passou a exercer. A equipe afirma que a iniciativa surgiu da vontade de ajudar pessoas vulneráveis com gestos concretos, e o resultado tem sido percebido na reação mais tranquila de quem chega para atendimento.
O exemplo do Delegato B.O reafirma que pequenos gestos, alinhados a práticas de acolhimento, podem melhorar a experiência de vítimas e familiares em serviços públicos, tornando o atendimento mais humano, próximo e sensível às necessidades emocionais de quem procura ajuda.